ZERO HORA, O MST E OS 51 DISSIDENTES

Há um embate histórico entre dois gaúchos de grande porte. Um dos maiores movimentos sociais da América Latina, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra oficializou seu nascimento em Cascavel, no Paraná, mas foi parido em um acampamento em Ronda Alta, Rio Grande do Sul. O MST nasceu lutando por reforma agrária, e ganhou corpo ampliando suas pautas e sua integração com outros movimentos sociais, incluindo grupos que atuam no meio urbano. Do outro lado, constantemente recebendo patrocínio das associações e organizações ligadas ao agronegócio (e, consequentemente, defendendo os interesses destes grupos), está o jornal Zero Hora, principal veículo do Grupo RBS.

Por discordarem de algumas linhas políticas adotadas nos últimos anos pelo MST e por organizações ligadas a ele, 51 militantes se desligaram dessas organizações no último mês de novembro. A cobertura que o jornal Zero Hora realizou desse desligamento dá uma boa medida da forma como este veículo costuma tratar os movimentos sociais, e é um exemplo prático interessante para aplicação de alguns conceitos explicitados por Pierre Bourdieu em seu livro “O Poder Simbólico”.

Um conglomerado midiático a serviço das elites

Fundado em 1957, maior grupo de comunicação da região Sul do Brasil e um dos maiores do país, o Grupo RBS possui, segundo seu próprio site, 18 emissoras de TV aberta, duas emissoras de TV locais, 24 emissoras de rádio e oito jornais, além de “11 produtos na plataforma digital, duas empresas de eventos, Operação mobile marketing, Operação segmento rural, Operação segmento jovem, Operação e-business, uma editora, uma gravadora, uma gráfica, uma empresa de logística, uma empresa de educação executiva e a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho”. Segundo o site Donos da Mídia, “em termos de propriedade direta de veículos, o grupo gaúcho RBS é a terceira maior organização de mídia privada do Brasil. São 57 veículos entre rádios, emissoras de TV e jornais. Possui também negócios na área de TV por assinatura, internet, mercado editorial e indústria fonográfica”.

O mais importante veículo do Grupo RBS é também um dos maiores jornais do país, Zero Hora, com circulação diária média beirando os 200 mil exemplares, segundo o Instituto de Verificação de Circulação. Zero Hora nasceu em 1964, não por coincidência pouco depois do golpe que instituiu a Ditadura que durou até os anos 1980. Como escreveu o jornalista Marco Aurélio Weissheimer no blog RS Urgente, “como a maioria da grande mídia brasileira, a empresa gaúcha apoiou o golpe que derrubou João Goulart. O jornal Zero Hora ocupou o lugar da Última Hora, fechado pelos militares por apoiar Jango. Esse foi o batismo de nascimento de ZH: a violência contra o Estado Democrático de Direito. (…) A expansão da empresa se consolidou em 1970, com a criação da RBS. A partir das boas relações estabelecidas com os governos da ditadura militar e da ação articulada com a Rede Globo, a RBS foi conseguindo novas concessões e diversificando seus negócios”.

Todo esse poderio midiático, que, como escreveu Weissheimer, serviu aos interesses da Ditadura, serve hoje aos interesses das elites econômicas nacionais. Inúmeras são as análises aprofundadas, publicadas especialmente em blogs (Diário Gauche, RS Urgente, Zero Fora e Jornalismo B, por exemplo), que demonstram o alinhamento das reportagens publicadas no jornal Zero Hora em especial, e divulgadas no Grupo RBS em geral, às demandas do agronegócio, das empreiteiras e das montadoras de automóveis, sendo estes dois últimos setores, segundo o Ibope Monitor, os dois maiores anunciantes dos veículos vinculados à Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Pierre Bourdieu, o Poder Simbólico e o mito da imparcialidade

Há poucos meses, escrevi em um artigo: “O bloqueio do silêncio é uma forma torturante de sufocar qualquer movimento social e qualquer setor oprimido. A informação é uma grande arma, e o domínio dessa arma por alguns poucos grupos empresariais é uma realidade. Com o monopólio das armas pelas elites, não há como lutar. A imprensa dominante é aliada do latifúndio, das grandes empreiteiras, das produtoras de automóveis, das produtoras de tabaco. Não há como acreditar que dará voz aos diferentes. A imprensa dominante tem lado, e não é o dos movimentos sociais”.

Pierre Bourdieu fala na disputa pela hegemonia da produção do poder simbólico (encabeçada, sem dúvida, pela mídia), como um espaço de luta de classes: “O campo de produção simbólica é um microcosmos da luta simbólica entre as classes: é ao servirem os seus interesses na luta interna do campo de produção (e só nesta medida) que os produtores servem os interesses dos grupos exteriores ao campo de produção” (BOURDIEU, 1989, p. 12). Ou seja, as elites midiáticas atuam servindo aos interesses das elites econômicas e políticas. “O poder simbólico, poder subordinado, é uma forma transformada, quer dizer, irreconhecível, transfigurada e legitimada, das outras formas de poder (…)” (BOURDIEU, 1989, p. 15).

Bourdieu torna técnica essa forma de dominância, de hegemonia, e demonstra a importância desse poder simbólico na forma pela qual a sociedade se enxerga e se constrói: “O poder simbólico como poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e fazer crer, de confirmar ou de transformar a visão de mundo e, deste modo, a ação sobre o mundo, portanto o mundo; poder quase mágico que permite obter o equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou econômica)” (BOURDIEU, 1989, p. 14).

Através da aparência de neutralidade e objetividade, a mídia dominante brasileira constrói sua legitimidade. Com raras exceções, não se afirma posicionada ao lado de quaisquer interesses ou grupos de interesse. Reveste suas reportagens de aparente neutralidade, quando, na verdade, editorializam boa parte dos textos, e os tornam impregnados de juízos de valor disfarçados de narração factual.

Na realidade, a imparcialidade não passa de um mito, alimentado pelos setores que têm interesse econômico em sua permanência e interesse político na alienação. Imagine-se um fotógrafo. Mesmo que não interfira diretamente no ambiente ou na situação que fotografa, ele opta por determinado enquadramento, determinada luz e determinado ângulo. Essa opção exclui as outras, assim como já na escolha por fotografar determinado evento ele deixa de fotografar outro. Pode haver aí, sim, uma ética, mas não imparcialidade. Não é possível fotografar tudo de todas as formas, e as opções que o fotógrafo fará serão determinantes na forma pela qual as pessoas que acessarem suas fotografias perceberão o evento fotografado. O mesmo acontece em um texto.

No caso específico do MST há um exemplo claro para demonstrar como a imparcialidade jornalística não passa de um mito. A opção por narrar as ações do movimento como “invasões” ou “ocupações” carrega uma grande carga ideológica, denota um posicionamento político em relação ao MST, considerando-se o negativismo da palavra “invasão”. Essa é geralmente a escolha da mídia dominante, especificamente do jornal Zero Hora, aqui abordado.

É essa fantasiada neutralidade que legitima o discurso das elites nacionais e internacionais, que se reproduz a partir desses setores da mídia brasileira. Diz Bourdieu: “(O poder simbólico) só se exerce se for reconhecido, quer dizer, ignorado como arbitrário. (…) O que faz o poder das palavras e das palavras de ordem, poder de manter a ordem ou de a subverter, é a crença na legitimidade das palavras e daquele que as pronuncia, crença cuja produção não é da competência das palavras” (BOURDIEU, 1989, p. 14).

Mais do que narrar a realidade, a mídia (enquanto parte fundamental do exercício do poder simbólico) a constrói. É através dela que os indivíduos – e a sociedade, de modo geral – percebem o mundo à sua volta, vive o seu tempo e entende a constituição de certo zeitgeist (“espírito do tempo”), ao mesmo tempo em que o constitui. Além de uma série de outros elementos, é fundamentalmente através de instituições como a escola, a família e a comunidade próxima, mas também a mídia, que os indivíduos formam suas ideias a respeito dos acontecimentos sociais.

Bourdieu, chamando Durkheim, chama esta percepção e estas ideias de sentido imediato do mundo: “O poder simbólico é um poder de construção da realidade que tende a estabelecer uma ordem gnoseológica: o sentido imediato do mundo (e, em particular, do mundo social) supõe aquilo a que Durkheim chama o conformismo lógico, quer dizer, ‘uma concepção homogênea do tempo, do espaço, do número, da causa, que torna possível a concordância entre as inteligências’. (…) Os símbolos são os instrumentos por excelência da ‘integração social’: enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação, eles tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social que contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social: a integração ‘lógica’ é a condição da integração ‘moral’” (BOURDIEU, 1989, p. 9).

A mídia hegemônica, além de colocar-se como um poder em si mesma, é, então, portadora dos discursos das classes dominantes. Dessa forma, trabalha pela construção de certo consenso ideológico nas fatias oprimidas da sociedade. Trabalha pela alienação enquanto encobrimento da realidade de opressão e domínio de umas classes sobre outras: “(…) as frações dominantes, cujo poder assenta no capital econômico, têm em vista impor a legitimidade da sua dominação quer por meio da própria produção simbólica, quer por intermédio dos ideólogos conservadores (…)” (BOURDIEU, 1989, p. 12).

O Dissidente (Charge de Rafael Balbueno originalmente publicada no JornalismoB)

O caso dos 51 dissidentes

Em meados do mês de novembro (2011), um grupo de 51 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), da Consulta Popular e da Via Campesina (as últimas três organizações ligadas à primeira) anunciaram, por meio da divulgação de uma carta aberta (anexo 1), sua saída das organizações a que pertenciam. As motivações básicas são o descontentamento com a aproximação do MST com os governos do PT e com a burocratização e acomodação das lutas.

A saída dos dissidentes motivou algumas matérias no jornal Zero Hora, assinadas por Carlos Wagner e Humberto Trezzi. A principal dessas reportagens foi publicada na edição do dia 27 de novembro, domingo, ocupando duas páginas do jornal (anexo 2). Trata-se de um festival de juízos de valor, palavras de ordem em tom editorializado, e até manipulações do conteúdo da carta divulgada pelos dissidentes.

O título, manchete de capa, dá o tom, e a linha de apoio complementa: “Racha do MST ameaça criar grupo radical – Cisão histórica no movimento abre terreno para a formação de célula extremista”. Radical e extremista são adjetivos que vão permear toda a reportagem, e colocar subjetivamente o posicionamento do jornal, tentando impor medo à população, criar logo no nascedouro uma postura negativa da sociedade em relação a qualquer atividade que possa vir a ser desenvolvida pelos lutadores sociais que acabam de deixar o MST.

A linha de apoio da matéria chama mais uma vez: “Zero Hora reconstitui a histórica reunião que sacramentou o racha no movimento dos sem-terra e criou uma nova organização que pode se tornar o embrião de uma célula voltada para ações extremas”. Mais uma vez o extremismo. E já a primeira afirmação que não é verdadeira: “criou uma nova organização”. A verdade, admitida no próprio corpo da reportagem, é que ainda não há rumo certo para os dissidentes, tampouco se sabe se irão atuar juntos.

A segunda afirmação que não se relaciona com a verdade vem mais ou menos pela metade do texto, no 5º parágrafo: “Basta ler a carta escrita por eles para ter essa certeza: lá está redigido que o MST abandonou a luta radical e passou a mobilizar bases apenas para manifestações dentro da lei, o que desagrada aos dissidentes”. Não é verdade.  Não está redigido na carta que o MST abandonou a luta radical – embora essa crítica esteja implícita, há apenas uma vez a palavra “radical” na carta, e não é nesse contexto –, muito menos que as manifestações “dentro da lei” desagradam aos dissidentes. A carta não cita nenhuma vez as expressões “dentro da lei”, “legal” ou similares.

No texto principal da matéria, “radical” e seus derivados aparecem quatro vezes em 12 parágrafos. Há ainda uma vez “extremista”. Além disso, há um parágrafo inteiro dedicado a enumerar o que teria sido “destruído” quando o MLST, uma dissidência do MST surgida em 1994, ocupou (ou “invadiu”, como diz ZH) o Congresso Nacional. O texto diz que “Esse grupo ganhou projeção nacional em 2006, ao invadir o Congresso. Durante a manifestação, cem militantes do MLST destruíram tudo que encontraram pela frente, incluindo (…)”, e aí seguem-se oito linhas listando a “destruição”.

A seguir, mais um grupo é citado, uma espécie de “corrente” do MST, liderada por José Rainha. Sobre ele, Carlos Wagner e Humberto Trezzi escrevem: “se notabiliza por invasões sistemáticas de terras e algumas depredações, táticas que serão retomadas pelos rebeldes que lançaram o manifesto em Viamão. Basta ler a carta escrita por eles para se ter essa certeza”, e então vem a mentira citada e desmascarada aqui dois parágrafos atrás. São, então, dois grupos citados, cujas ações relatadas são descritas como violentas, e que os funcionários de Zero Hora tentam relacionar com os novos dissidentes.

Os dois parágrafos seguintes da matéria falam em uma “disputa entre organizações de esquerda” pelos dissidentes, mas não há fonte citada nem nominalmente nem omitindo identidade. Soa a especulação ou informação plantada, já que não há qualquer tipo de referência à origem da “informação”.

Há ainda uma entrevista com o agrônomo Zander Navarro, que legitima suas críticas ao MST por ter sido apoiador do movimento 30 anos atrás, mas que rompeu com as lutas pela reforma agrária defendendo a acomodação entre agricultura familiar e agronegócio. Procurando por seu nome em algum site de buscas é fácil encontrar artigos e entrevistas em que faz exatamente as mesmas declarações que fez a Zero Hora, ironizando, desmerecendo e debochando dos integrantes do MST. Nas cinco perguntas feitas pela reportagem, uma vez aparece “extremista”, uma vez aparece “radical” e, na última questão, é sugerido que os dissidentes possam vir a praticar sequestros (“Há espaço para que se transformem em algo, como o EPP paraguaio, que sequestra fazendeiros?”).

O entrevistado diz que uma postura “anti-intelectual” sempre marcou o MST, pois o movimento teria nascido de “setores católicos resistentes ao estudo”. Afirma ainda que “o manifesto reflete uma inacreditável leitura da realidade à luz da conjuntura vivida no Brasil. Ou seja, demonstra a miopia e o espantoso estreitamento dos debates internos do MST”. Depois fala na prevalência de “uma profunda ignorância política de militantes do MST”, e em “abissal desconhecimento de setores ligados aos temas rurais, incapazes de perceber que o mundo rural brasileiro cruzou um ‘divisor de águas’ nos anos 90, sendo atualmente uma máquina de produção de riquezas”. Para quem são essas riquezas não é uma questão colocada, assim como a simpatia de Zander Navarro às políticas de Fernando Henrique Cardoso na área da agricultura, expressas em outras entrevistas. Por fim, o especialista de Zero Hora chama o manifesto de “politicamente ridículo, uma manifestação de infantilidade”.

A referência à possibilidade de atuação dos dissidentes em sequestros, citada aqui há dois parágrafos e colocada na última pergunta da entrevista com Navarro, volta a aparecer na retranca (pequeno texto anexo à matéria principal) entitulada “Ex-militantes cogitam formar ‘Tele Protesto’”. Os repórteres citam como fontes quatro dos dissidentes, que não quiseram ser identificados, e diz que “cogitam agir como uma espécie de tropa de choque da esquerda – uma espécie de Tele Protesto: se chamados, vão atuar de forma decisiva em invasão de fazendas, ocupação de edifícios, bloqueio de estradas e impedimento de atividade de servidores”. E completa com um exemplo claro de “não-notícia” que tenta induzir ao medo: “Não é cogitada, até o momento, tomada de reféns”. Se não é cogitada, por que constar na matéria? Apenas para assustar, para plantar no imaginário do leitor a possibilidade, e é para reforçar essa imagem que está ali a expressão “até o momento”.

Durante toda a cobertura de domingo, sete vezes foi usada pelos repórteres e editores a palavra “radical” ou suas derivadas, quatro vezes “extremismo” ou assemelhados, e duas vezes foi sugerida ou afirmada a possibilidade de que os dissidentes venham a praticar sequestros. Tudo isso além de duas passagens do texto que não se alinham à realidade objetiva.

Conclusão

A análise acima demonstra na prática o exercício do que foi teorizado por Pierre Bourdieu e apresentado no item anterior. Zero Hora, através de seu poder simbólico, legitimado socialmente pela aparente neutralidade e imparcialidade, criminaliza os 51 dissidentes do MST como a ampliação da criminalização do movimento levada a cabo há anos, em todas as coberturas a respeito do movimento. O uso excessivo de palavras como “radical” e “extremista” demonstram o conceito que o jornal tenta transmitir a respeito daqueles agentes.

Desconstruir esse tipo de discurso, que busca esvaziar a política e criminalizar os movimentos sociais, é uma necessidade para o aprofundamento (ou a realização) da democracia. O exemplo apresentado aqui é apenas isso, um exemplo, e reflete a prática comum na mídia hegemônica, de atacar movimentos sociais, sindicatos, mobilizações grevistas e até mesmo partidos políticos, buscando realizar o caminho traçado pelo ideário liberal do esvaziamento da política como forma de enfraquecer os controles sobre os abusos opressivos das elites. 

Referências bibliográficas e indicações

BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. 15ª edição. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2011.

http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/jornais-no-brasil/maiores-jornais-do-brasil
http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/jornais-no-brasil/maiores-setores-anunciantes-no-jornal
http://diariogauche.blogspot.com
http://donosdamidia.com.br/grupo/21409
http://www.gruporbs.com.br/quem_somos/index.php?pagina=grupoRBS
http://jornalismob.wordpress.com
http://rsurgente.opsblog.org
http://zerofora.blogspot.com
 
 
 
ZERO HORA, O MST E OS 51 DISSIDENTES, pelo viés do colaborador Alexandre Haubrich*

Texto originalmente publicado no JornalismoB

 *Haubrich é jornalista e editor do blogue JornalismoB. Colabora com diversas publicações, entre elas a revista o Viés.

Um comentário sobre “ZERO HORA, O MST E OS 51 DISSIDENTES

  1. Excelente matéria. Desmascara a mídia burguesa. Como diz o autor é apenas UM exemplo do que as grandes redes de imprensa fazem cotidianamente no mundo todo, para manipular as pessoas e perpetuar o domínio da injustiça social. É, também, um exemplo de que “liberdade de imprensa” no capitalismo é uma piada sem graça.

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