ENTREVISTA: PEDRO EKMAN, PRODUTOR DO PROGRAMA "A LIGA"

“Para contar uma história sob a perspectiva de quem a vive só há um jeito, ir ao encontro dela. Comum seria não interferir e normal, nada sentir, não vivenciar. Mas não é isso que querem os apresentadores do programa. Eles tocam na realidade, olham de perto. Ao Participarem de um mundo do qual nunca fizeram parte, a indiferença vai embora. A cada passo, o envolvimento do repórter – assim como a do telespectador – aumenta. Entram em cena a surpresa, a indignação, a reflexão e a opinião”, dialoga o sítio do programa.

A revista o Viés procurou, através do repórter Bibiano Girard, um dos produtores do programa, Pedro Ekman, a desvendar o que acontece entre a equipe do programa, os produtores, e a vida real.

revista o ViésQual teu posto dentro da produção de “A LIGA”?

Pedro Ekman (PE): Sou um dos produtores de conteúdo.

 Tu trabalhas para uma produtora que vende o produto “A LIGA” para a Bandeirantes? Como sucedeu este contrato? A Bandeirantes foi até vocês ou o contrário?

(PE): Comecei a trabalhar para a “Cuatro Cabezas – Eyeworks” na segunda temporada do programa “A LIGA”. Não saberia dizer como se deu as relações contratuais entre a produtora e a emissora.

 Até onde vai a liberdade de produzir um programa que trata de pautas
“incômodas”? A Bandeirantes faz um filtro?

(PE): Temos autonomia total para produzir. A emissora toma conhecimento dos programas apenas depois de prontos e então emite suas legítimas opiniões para eventuais ajustes que até hoje não comprometeram a estrutura de nenhum episódio produzido.

A produtora, e consequentemente, os produtores, ficam também de
responsáveis caso haja um processo judicial ou a Bandeirantes seria a única
prejudicada nisto?

(PE): A responsabilidade jurídica é da emissora e da produtora, que decidem o que vai e o que não vai ao ar, e não dos profissionais que realizam os episódios.

Como funciona internamente o trabalho de vocês: os temas dos programas são escolhidos por quem?

(PE): Fazemos uma reunião de pauta com a equipe do programa escolhendo temas, e depois, o diretor geral do programa define com a emissora quais são os mais pertinentes para a temporada.

Depois da escolha da pauta, é muito difícil realizar um programa como “A LIGA”? Quanto tempo geralmente dura a produção de um programa?

(PE): Temos em média 45 dias para gravar cada episódio, mas alguns são mais complexos e nos estendemos mais. O de trabalho escravo, por exemplo, demorou 5 meses para ser feito.

 Como vocês lidam com as questões a serem abordadas? Por exemplo, neste último caso da Zara e da Irmãos Moura, os quais tornaram-se assuntos nacionais, vocês “bateram” em cachorro grande. Existe uma cúpula para estudar casos difíceis de mostrar na televisão? Casos que podem trazer problemas para vocês mesmos?

(PE):  Temos o cuidado de respeitar todas as questões legais envolvidas na denúncia. Estando ela bem fundamentada jornalisticamente, não encontramos muitos problemas para colocar no ar a matéria.

:  “A LIGA” é um programa que surgiu praticamente junto a vários outros programas que buscavam inovar no jornalismo brasileiro. Contudo, quem realmente conseguiu abordar temas polêmicos e mostrar o rosto de carrascos foi “A LIGA”. Tu saberias dizer os pontos diferentes que fizeram “A LIGA” diferenciar-se dos outros?

(PE): Costumo dizer que um dos grandes méritos do programa “A LIGA” é não fazer um “jornalismo do outro lado da rua”. Nos envolvemos com a matéria e nos posicionamos desde um ponto de vista, garantindo a presença do contraditório. Com isso damos “nome aos bois” sem ficar desviando de fatos contundentes que eventualmente mexem com interesses poderosos

Lidar com assuntos peculiares sempre tem consequências. Vocês enfrentam muitas barreiras até concluir um programa? E depois de ir ao ar, há desforras por parte de pessoas ou marcas mostradas pejorativamente?

(PE):  Temos o cuidado de realizar o programa com embasamento jornalistico suficiente para que ele consiga se afirmar sozinho. Desta forma, não estamos sendo pejorativos, estamos informando um fato. As consequências para os envolvidos nos fatos sem dúvidas são outras quando esses fatos são mostrados em cadeia nacional, mas até hoje não tenho informação de termos sido cobrados por termos feitos nosso trabalho.

De todos os programas realizados até hoje, qual foi o mais oneroso e trabalhoso de produzir?

(PE):  Dos 4 episódios que eu produzi, acho que foi o de “Trabalho Escravo”, mas não sei responder em relação ao total de episódios das 2 temporadas.

ENTREVISTA: PEDRO EKMAN, PRODUTOR DO PROGRAMA “A LIGA”, pelo viés de Bibiano Girard.

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