JOSÉ MEDEIROS

Não existe um momento certo para ser captado, mas existem sugestões deles o tempo todo. Alguns olham e conseguem muito bem guardá-los em fotografias que seriam como a vírgula é em um texto: sutil. Henri Cartier-Bresson foi um nome para a fotografia, para um enquadramento que vale a situação, um jogo de luzes que dão atmosfera, formas que se contradizem em harmonia.

No Brasil, lá no Piauí de 1921 nascia José Araújo de Medeiros. Em 1939 José Medeiros mudou-se para o Rio de Janeiro e trabalhou para a revista O Cruzeiro durante quinze anos. O registro da iniciação de mães-de-santo na Bahia é um marco, a delicadeza das fotos dos índios Caipós no Pará carrega uma liberdade que se mostra diferente no Brasil do Rio de Janeiro, ele fez os primeiros registros de contatos com os índios realizados pelos irmãos Villas-Boas no Xingu e na Serra do Roncador, lembra muito Cartier-Bresson pelos ângulos e pelos momentos escolhidos.

José Medeiros trabalhou como diretor de fotografia em A falecida (1965), de Leon Hirszman, Xica da Silva (1976), de Cacá Diegues e Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos e dirigiu um longa, Parceiros da aventura (1980). O fotógrafo morreu em 1990.

O mais estranho é que tamanha qualidade fotojoranalística era desconhecida por mim até a semana passada quando tomava um café bem tranquila e disse: isso é Bresson. O brasileiro tem fotos marcantes e clássicas em seu acervo que merecem uma ou mais olhadas. Ele registrou um Brasil que se extingue a cada passo do tempo.

Fotos retiradas do site do Instituto Moreira Salles  (Clique aqui para ver mais fotos)

Pelo viés de Caren Rhoden

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