A DESIGUALDADE EM ELYSIUM

Wagner Moura e Matt Damon. Divulgação.

Elysium é o novo filme do diretor sul-africano Neill Blomkamp e a estreia de Wagner Moura em Hollywood. Assim como em Distrito 9 (também de Blomkamp), que funcionava como metáfora em relação ao Apartheid, Elysium é uma distopia que funciona como crítica ao desenvolvimento industrial, à exploração desenfreada do meio-ambiente, à repressão policial e à desigualdade social. A história se passa no meio do século XXII, em Los Angeles, e apresenta um planeta caindo aos pedaços – a tal ponto que os ricos do mundo constroem um condomínio de luxo para viver, no espaço.

Os trabalhadores, que ficam na terra, são submetidos a trabalhos cada vez mais desumanos, e a uma enorme repressão policial, empreendida por robôs comandados à distância pelos ricos que moram em Elysium. Max (Matt Damon), o protagonista, é exposto à radiação enquanto trabalhava e descobre que, por isso, vai morrer em cinco dias. Sabendo que pode encontrar a cura para seu problema em Elysium, procura Spider (Wagner Moura), uma mistura de guerrilheiro latino-americano, hacker e coiote, para levá-lo até a terra dos ricos.

A história se desenvolve com a entrada de Frey (Alice Braga), amor de infância de Max, que também precisa dos serviços médicos de Elysium para salvar sua filha pequena de um estado terminal de câncer. Enquanto isso, em Elysium, começa uma luta por poder entre o presidente e sua secretária de estado (Jodie Foster). Kruger (uma atuação genial de Sharlto Copley) também aparece com importância, sendo o agente secreto que irá trabalhar para impedir que Max, Frey e Spider cheguem à Elysium.

Apesar das inúmeras, e muitas vezes grandes demais, cenas de ação, Elysium fica na memória como um filme que apresenta a desigualdade social a partir do viés do oprimido, e que não busca uma saída individual para os problemas do mundo. Termina como um filme genial, o mais próximo do perfeito (em termos políticos) que uma grande produção estadunidense pode chegar. O único ponto negativo de uma produção tão progressista é a representação das mulheres, que ou encarnam a “maldade” ou a motivação para os homens seguirem lutando. Vale a pena assistir.

Divulgação.

A DESIGUALDADE DE ELYSIUM, pelo viés de Mathias Rodrigues*

*Jornalista

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