O AUTORRETRATO

O que nos dizem as imagens? Só o coração de um fotógrafo ou a alma de um espectador? A fotografia transpira versos em sua imensidão calada. Nada mais requer da foto senão as cores, os ângulos, as dores, os amores, a transpiração. Suavizar a vida e tentá-la eternizá-la – até que exista esta dimensão – é fato para a fotografia. A imagem dos semelhantes entre lugares variados expõe o autor como parte de um todo, e as personagens como uma demonstração da própria vida do autor: vazia, cinza, amarela, reluzente, íntima, ágil, dormente, calma…A fotografia conta uma longa história, que às vezes não se sabe seu início, e também jamais se saberá seu fim. Mas que pelo instante valeu mais do que o tempo do clique.

Abaixo, inicia-se nossa primeira mostra de fotografias de leitores. Há um mês em campanha pela rede social facebook, a revista o Viés é honrada com belas imagens. Você manda, você conta um resumo, uma longa história sobre o momento ou cria apenas uma rápida legenda. Mas envia aquela imagem que não poderia receber como horizonte uma pasta fechada e sem vida. Assim, onze pessoas enviaram mais de quinze fotos que agora viram galeria online. Passando o mouse sobre a miniatura você lê a legenda. Clicando sobre as imagens, abrem em maior tamanho. Boas histórias.

“O Auto-Retrato”

No retrato que me faço

– traço a traço –

às vezes me pinto nuvem,

às vezes me pinto árvore…

às vezes me pinto coisas

de que nem há mais lembrança…

ou coisas que não existem

mas que um dia existirão…

e, desta lida, em que busco

– pouco a pouco –

minha eterna semelhança,

no final, que restará?

Um desenho de criança…

Corrigido por um louco!

(Mario Quintana)

           
 

O AUTORRETRATO, pelo viés de Mariana Henriques, Ronei Bueno da Cruz, Leonardo Pereira Cortes, Gabriela Belnhak, Tainá Valenzuela, Elis Lopes, Fernanda Rosado, Pedro Pellegrini, Mariza Irion, Jossana de Moraes, Bernardo Zamperetti, Luciana Minuzzi e Marcelo Cabrera.

2 comentários em “O AUTORRETRATO

  1. Roman Polanski não nos permite perder a noção de que estamos diante de uma encenação, uma alegoria, e não de algo que busque ser uma remontagem perfeita do real. O foco narrativo do filme, não é o caso envolvendo as crianças, nem os sentimentos dos quatro personagens centrais, mas sim a forma com que seus comportamentos, quando reunidos sob um mesmo teto, servem de metáfora para o comportamento social, com seus vícios de caráter e desvios morais. Ao analisarmos a obra por esta perspectiva, percebemos o quanto há de crítica social nela, tal viés se manifesta na abordagem de temas como a desestruturação familiar e a criação de filhos, onde se salientam os preconceitos e o egocentrismo… Em uma passagem um dos personagens se gaba de morar em Nova Iorque e de ter valores ocidentais, este comentário carregado de xenofobia é uma clara alfinetada em nós como sociedade, afinal tal como ele, achamos que somos mais civilizados, racionais e coerentes, que os demais quando na verdade às vezes basta um pequeno impulso pare que exibamos um comportamento digno de vergonha.

  2. As imagens são belíssimas! Destaco as fotos de JOSSANA DE MORAIS e MARCELO CABRERA. Vejo o colorido do nascer do dia, em Camobi, apaixonante, misterioso…(bem próprio na NATUREZA). Os cães me fascinam muito(os gatos tb). Parabéns a todos, e em especial, à minha filha.

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