II FESTIVAL CO-RAP

Há um mês e meio, num sábado quente e ensolarado, a segunda edição do Festival CO-RAP aconteceu na gare de Santa Maria. Uma semana depois de ter sediado a décima edição do já tradicional Macondo Circus, a gare foi tomada por outra atividade cultural, gratuita, desta vez voltada à cultura Hip Hop local.

O Festival – uma das atividades organizadas pelo Coletivo de Resistência Artística Periférica (CO-RAP) na cidade – proporcionou um espaço de encontro, de troca e de celebração entre praticantes dos elementos do Hip Hop na cidade, e de articulação com artistas de outras regiões do estado, representados na ocasião pelo grupo SN Lombra, da cidade de Alvorada.

Quando o sol ainda estava alto, a pintura de uma das paredes da gare já era renovada pelo grafite e, sob a proteção de uma lona laranja que fez as vezes de guarda-sol, os primeiros artistas abriram a programação recheada de rap autoral, criativo e diversificado – o Rap Nacional Santa-mariense, como bem nomeia o EP de estreia do MC Magrão, artista local que se apresentou quando a noite já caía.

Em meio às apresentações de dez grupos e MC’s, os microfones deram lugar aos passos de dança e o palco rente ao solo foi ocupado pelo grupo Movimento de Rua (MDR). Também foi distribuída na ocasião, uma cartilha sobre a redução de danos, elaborada pelo CAPS AD Cia do Recomeço e pelo artista visual Elias Maroso.

Durante a passagem pela cidade, os MC`s visitantes do grupo SN Lombra afirmaram sentir que o Hip Hop do interior do estado têm uma união mais forte. Olhar para Santa Maria, Caxias do Sul e Pelotas, onde a cultura se fortalece e público e artistas de rap crescem pode explicar um pouco essa perspectiva. Foi após a negociação do ultimato dado pela guarda municipal – porque as horas já se estendiam e a roda de freestyle ainda nem havia começado – que a segunda edição do Festival CO-RAP terminou: em clima de celebração, demonstrando que a cultura Hip Hop em Santa Maria se fortalece mais a cada ano, graças ao trabalho dos que correm muito agora e dos que já correram em tantos outros momentos.

O Festival, em sua segunda edição, fechou o ano de 2013 e demonstrou que a cultura Hip Hop se desenvolve na cidade de olho nas lutas e na produção artística das capitais, mas também do interior do estado e de fora dele. Afinal, como já cantou um certo Genival, em qualquer lugar, periferia é periferia.

 

   
   
   
   
   
   
   
   
   

 II FESTIVAL CO-RAP, pelo viés de Tiago Miotto.

tiagomiotto@revistaovies.com

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