Cinco anos da revista o Viés

Teve show, teve feirinha, teve arte e teve intervenções: o domingo do dia 16 de novembro não poderia ter sido mais especial para comemorar o aniversário de 5 anos da revista o Viés. Nosso muito obrigado a todas amigas e amigos que compareceram na Concha Acústica e dividiram esse momento conosco. Agradecemos também às bandas, aos artistas, aos feirantes e aos apoiadores que possibilitaram a realização desse evento. Esperamos que vocês tenham gostado tanto quanto nós!

#Viés5anos

Abaixo, reunimos algumas peças de divulgação da festa, produzidas com o apoio e a colaboração de diversas pessoas:

Durante a campanha de aniversário do Viés, algumas pessoas toparam a proposta de fazer uma arte em cima de algumas fotos do redator Bibiano Girard. Veja-as na galeria abaixo:

 

 

 

 

 

Foi um domingo iluminado em quase todos os sentidos*. Quando a luz do sol foi embora e tudo parecia fadado à escuridão na Concha Acústica do Parque Itaimbé, incontáveis mãos ergueram seus celulares para prolongar o dia e driblar a ausência de iluminação pública no palco e arquibancadas do espaço.

Com certeza, esta foi uma das tantas passagens profundamente simbólicas da festa de ontem. Mas houve muitas outras. Por ocasião do aniversário de 5 anos da Revista o Viés, bandas, MC’s, teatreiros, artesãos, zineiros, ativistas das mais variadas frentes – da juventude negra à culinária alternativa, da arte periférica até pesquisadores acadêmicos – estiveram reunidos num festival tornado possível unicamente pela cooperação entre xs envolvidxs. Tudo emprestado, compartilhado, somado. Tudo improvisado, como os guarda-chuvas cobrindo o equipamento na hora de pico do sol.

Tudo desafiadoramente possível – que é pra fazer jus ao contrapêlo que define o jornalismo do coletivo aniversariante.

Foi a própria Guarda Municipal (que aliás não teve trabalho algum com o evento, porque violência não existiu ali) quem advertiu: o número estimado do público, entre passantes e os que ficaram, atingiu a casa dos três mil e tantos. E isso sem metas numéricas a serem alcançadas, sem nenhuma Grande Narrativa a projetar a iniciativa, sem recursos públicos que não a mobilização humana, sem maiores patrocínios que não o incentivo simbólico de umas poucas empresas e sindicatos (ajudas fundamentais, claro, para a coisa acontecer).

Ajudas fundamentais, aliás, foi o que mais teve: num momento em que se precisou de mais compartimentos para a coleta do lixo, foi o seu Jeremias, um catador que estacionou sua carrocinha de papelão por ali, quem providenciou o material, feliz por poder ajudar. Horas mais tarde, no mutirão de limpeza da Concha após os shows, lá estava ele de novo, de vassoura na mão, todo contente, dizendo-se agradecido. O evento rendeu muitas latas para ele coletar; mas mais do que isso, para o sorridente Jeremias – um amante da música brasileira, conforme me contou – estar ali, fazer parte daquilo, sendo tratado como gente e não como um mal-estar funcional, fez o domingo valer a pena.

Claro que eu podia me demorar falando também no absurdo que é a falta de estrutura e zeladoria num dos únicos aparelhos culturais ativos do centro de Santa Maria. Mas quanto a isso, prefiro só lembrar da matéria publicada por um jornal local no início do ano, em que um secretário municipal anunciava a completa revitalização do parque até outubro. E sublinhar que a iluminação que garantiu a integridade da festa foi, esta sim, digna de ser chamada de pública.

No mais, como vivente da Boca do Monte, me resta agradecer aos inquietos guris e gurias d’O Viés e a todxs xs artistas que fizeram, da forma mais despretensiosa possível, o dia 16 de novembro de 2014 entrar para a história afetiva da cidade.

* Texto de Atílio Alencar.

 

Abaixo, uma galeria com uma seleção de fotos do evento de domingo:

  
  
  
  
  
  
  

  

  

  

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