LOTEAMENTO CIPRIANO DA ROCHA: CINCO ANOS DE DESCASO

Na tarde deste sábado, dezenas de pessoas participaram de um ato no loteamento Cipriano da Rocha, na Zona Oeste de Santa Maria. Entre as reivindicações dos moradores estão a conclusão das obras da creche local, aguardada há cinco anos, a implementação de horários de ônibus que passem pelo loteamento, a melhoria do atendimento no posto de saúde Rubem Noal (mais médicos e outros profissionais da saúde, maior infraestrutura e atendimento mais humanizado) e a redução da tarifa do transporte público de R$ 2,45 para R$ 2,00.

O loteamento, que é oriundo do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), existe há cinco anos, mas enfrenta sérios problemas de infraestrutura e de acesso a serviços públicos básicos: a falta de uma creche e de linhas de transporte público gera graves empecilhos em uma comunidade constituída, em grande parte, por famílias de baixa renda e mulheres chefes de família.

Depois de concentração na sede da Associação Comunitária, os manifestantes realizaram uma marcha pelas ruas do bairro. As faixas e cartazes que expressavam as reivindicações da comunidade misturavam-se a outras que ocuparam as ruas centrais de Santa Maria, no último mês, exigindo a redução da tarifa do transporte público, espaços de lazer para a juventude e a volta do passe livre.

À medida que a marcha avançava pelas ruas da região, manifestantes conversavam com moradores e distribuíam panfletos com as reivindicações da comunidade, sintetizadas em Manifesto Popular em Defesa de Direitos, o qual foi redigido em conjunto com o Bloco de Lutas de Santa Maria.  Por fim, a marcha seguiu até a BR 287, onde a rodovia foi bloqueada por cerca de meia hora, liberando por alguns minutos, alternadamente, uma das mãos para o tráfego dos veículos.

No mesmo sábado, dia 27 de julho, em que ocorreu a mobilização no loteamento, outras atividades em Santa Maria demarcavam os seis meses da tragédia da boate Kiss. A lembrança da situação de impunidade e da luta por justiça, que segue movendo familiares e amigos das vítimas do incêndio e tem o apoio de diversos movimentos sociais da cidade, também teve espaço na manifestação da Cipriano, com faixas que solicitavam “Justiça” e a presença do movimento Do Luto à Luta.

No ato, a Associação Comunitária do loteamento Cipriano da Rocha, que há meses vem tentando interlocução junto à Prefeitura Municipal e permanece sem resposta, exigiu que o Poder Executivo manifeste-se em relação à situação da comunidade em até 30 dias.

             

LOTEAMENTO CIPRIANO DA ROCHA: CINCO ANOS DE DESCASO, pelo viés de Tiago Miotto.

tiagomiotto@revistaovies.com

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