CONTRADIÇÃO GAÚCHA

Obra de Pedro Weingärtner

 

O gaúcho dos postais folclóricos, tema de quadros e poemas, tem pouco a ver

com o peão que trabalha, na realidade, terras grandes e estranhas. As alpargatas

ocupam o lugar da bota de couro; um cinturão comum, ou às vezes um simples

barbante, substitui os largos cinturões com adornos de ouro e prata.

“As veias abertas da América Latina”, Eduardo Galeano

A existência de instituições contemporâneas de culto à tradição gaúcha é tema de discussão constante entre intelectuais e militantes do tradicionalismo. As divergências, que vão desde a conceituação de termos históricos até a apropriação de símbolos culturais do passado, dificultam a consolidação de uma identidade comum entre os povos do Pampa.

As tentativas institucionais de normatizar as práticas e manifestações tradicionais gaúchas, segundo alguns historiadores, colaboram para a desconstrução da identidade de um tipo humano que ficou conhecido como gaúcho. Essas instituições, que tem no Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG/RS) sua mais significativa expressão, se autolegitimam como guardiãs do patrimônio tradicional gaúcho no Rio Grande do Sul. Valem-se principalmente dos feitos heroicos e da exaltação das qualidades do ancestral histórico. Para historiadores críticos a essas instituições, as apropriações de determinados aspectos culturais em detrimento de outros forjam uma tradição centrada numa figura representativa idealizada e mitificada do gaúcho que é cultuado no Movimento Tradicionalista Gaúcho.

O homem, o campo e o galpão

O Pampa é uma região pastoril formada por extensas planícies e coxilhas, que abrange parte de territórios argentinos, uruguaios e sulbrasileiros. A miscigenação dos nativos do lugar – em especial índios charruas e minuanos – com os colonizadores espanhóis e portugueses chegados a partir do século XVII, deu origem a um grupo de homens errantes, nômades, sem lei, nem rei – nem terra. Eram eles índios evadidos das Missões, contrabandistas de gado, aventureiros, caçadores de couros e desertores do exército. Mais tarde, parte desse contingente seria absorvida como mão-de obra barata e livre a ser explorada pelos estancieiros e charqueadores.

Livres pela planície pampeana, os campeiros indômitos roubavam gado das estâncias, raptavam e estupravam índias e, por tantas vezes, assaltavam as Casas-grandes para roubar mulheres brancas, mui escassas na Campanha. O gado, que teria sido introduzido na região pelos padres jesuítas da Companhia de Jesus, após a destruição das reduções pelos bandeirantes, se multiplicava solto e sem dono, formando largas vacarias.

A posse desse rebanho orelhano, sem doma nem marcação, era cobiçada por esses homens igualmente livres e insubordináveis. Exímios cavaleiros, desde sua formação, galopavam pelos campos montados em seus cavalos, prendendo a laço e a boleadeira o indomado armento. Embora, ao longo dos anos, tivessem sido incorporados como serventes ao sistema de produção das grandes propriedades rurais do Pampa, esses homens permaneciam destituídos de tudo. Restavam-lhes de herança apenas a sua coragem e a sua força, que minguavam ao primeiro prantear de suas mágoas. Jogados a um canto do galpão, tendo recostada ao peito a guitarra – um dos poucos pertences cabíveis nos seus peçuelos – cantavam as injustiças de uma terra de vasta extensão, cujo poder e usufruto era repartido entre poucas mãos, que não as suas.

Esses varões – que também foram chamados coramberos, changadores, índios vagos, gaudérios e, mais tarde, gauchos – ansiavam por expressar-se, e o faziam através da transformação de suas dores e mazelas em melodia. Quando os tempos lhes eram mais severos, contudo, abafado e enfraquecido dentro das estâncias, o seu canto não era capaz de transpassar as frinchas dos galpões. Movidos pelo desejo pulsante de liberdade, partiam do galpão e lançavam-se ao campo outra vez, revivendo seu passado beduíno.

Em meados de 1770, o termo “gaudério” aludia ao não confiável, ao marginal, ao abagaceirado,ao insubordinado e, principalmente, àquele que ameaçava a propriedade privada. Se, por um lado, essa primeira denominação carregava um apelo estritamente pejorativo, por outro lado, o vocábulo “gaucho”, empregado pelos platinos e cisplatinos, referia-se ao campeiro mestiço rioplatense – elogiável no domínio do cavalo e na lida com o gado. Apesar das diferentes significações, em 1790, porém, ambas as expressões eram tidas como sinônimas: designavam os desviantes e pilhadores que atuavam nas duas bandas.

Na margem oriental do rio Uruguai, no Rio Grande de São Pedro, o verbete castelhano “gaucho” incorporou a sonoridade do sotaque lusitano dos habitantes da província. Os sul-riograndenses passaram a referir-se ao campeiro do pampa como “gaúcho”. À época das insurreições provinciais contra o governo imperial, a expressão foi empregada para referir-se ao homem sulrio-grandense de origem rural, em especial aos caudilhos estancieiros que se levantavam contra a política central. A raiz histórica do termo, de valoração pejorativa, foi retomada, mais de um século depois do surgimento dos primeiros índios vagos, como forma de humilhar os sul-rio-grandenses que se opunham às práticas do governo vigente.

Gauchos e gaúchos: tradição e tradicionalismo

O vocábulo “tradição” tem origem no termo latino “tradere”, cujo significado literal é entregar. É entendido como o conjunto de crenças, práticas e valores materiais e espirituais que unem um povo. Corresponde à conservação e à transmissão desses legados culturais através das gerações.

O termo “regionalismo” refere-se a um conjunto de costumes e particularidades de um determinado espaço. Surgente na literatura romântica do século XIX, a corrente regionalista valoriza os aspectos locais na construção narrativa de um dado ambiente ficcional. Já “nativismo”, segundo o Diretor de Pesquisa e Difusão Cultural do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) Manoelito Carlos Savaris, faz referência ao sentimento individual de amor, de apego, de reverência e de nostalgia em relação ao lugar de onde o sujeito é nato.

Por sua vez, a expressão “tradicionalismo” designa um movimento social deflagrado no Rio Grande do Sul, em meados do século XX, cujo objetivo é o de promover, dentro dos seus limites institucionais, o culto à tradição gaúcha, de acordo com Savaris “o tradicionalismo não é nem tradição nem regionalismo. É uma estrutura montada [pelo homem], organizada para fazer culto ao regionalismo, para dar vazão ao nativismo e para valorizar, manter e prestigiar os aspectos da tradição”.

Dos aspectos heroicos da identidade do gaúcho de origem platina – construídos a partir do século XVIII –, à posterior incorporação de valores culturais dos povos que imigraram para a região e que trouxeram consigo o conceito de unidade familiar e de ética do trabalho, forja-se uma figura idealizada do gaúcho no século XX. Através do culto a esse gaúcho, e da absorção desse mito no imaginário coletivo, alguns movimentos sociais contemporâneos buscam presentificar, na vivência urbana, um passado pastoril no centro do qual está o ideal de família campesina cristã.

Para o jornalista e historiador Luis Carlos Tau Golin, coautor do “Manifesto contra o Tradicionalismo”, essa tentativa de presentificação começa na escolha do mito fundante regional, que é, segundo ele, “o ethos da estância tradicional, a propriedade privada, o espaço da elite agropastoril e escravocrata”. Apesar dos laços históricos reunirem os gauchos uruguaios e argentinos e os gaúchos brasileiros em uma mesma matriz cultural, as formas com que estes e aqueles se relacionam com sua identidade histórica assumem diferentes nuances.

Segundo a historiadora uruguaia Maria Inés Moraes, da Universidad de la República de Montevidéu “para os rio-grandenses, o gaúcho é um símbolo de todo os rio-grandenses, nascidos em qualquer cidade ou no campo. Em contrapartida, no Uruguai, a figura do gaúcho é só um referente para a população rural, não para todo o povo uruguaio. E como a população do país é eminentemente urbana, porque o campo está muito despovoado, na verdade, se entende o gaúcho como um símbolo para a gente que vive no campo”.

O historiador e professor do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Maria, Júlio Ricardo Quevedo dos Santos, pondera que uma das grandes teses do tradicionalismo assenta-se na existência de severas diferenças entre os gauchos e os gaúchos: “Moisés Velhinho, intelectual santa-mariense, escreveu, nos anos 50 e 60, textos tentando provar a diferença entre o gaúcho rio-grandense e o gaúcho platino, numa visão que não permite a integração. E conclui esses trabalhos dizendo que o gaúcho rio-grandense é movido por valores nobres e cívicos, e por um sentimento de nacionalidade muito forte. Já o gaúcho platino é o caudilho sanguinário. Ainda hoje, essas ideias são repetidas no Movimento Tradicionalista Gaúcho”.

A estância simbólica institucional

Se forem considerados os movimentos sociais contemporâneos de culto ao gaúcho heroico situados no Rio Grande do Sul, o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) destaca-se como sua principal expressão. As origens deste movimento remontam às incipientes iniciativas de afirmar e difundir valores tradicionais que reportam à construção da sociedade sul-rio-grandense.

A mais bem sucedida dessas ações partiu de um grupo de oito jovens secundaristas que  conceberam e realizaram a primeira Ronda Crioula no Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, em 1947 – evento que seria o embrião das festividades da Semana Farroupilha comemoradas na atualidade.

Esse mesmo grupo, no ano seguinte, fundaria o 35 CTG, a primeira entidade reconhecidamente tradicionalista. O número 35 faz menção ao ano de defl agração da Revolução Farroupilha, 1835. O próprio nome, “Centro de Tradições Gaúchas”, abreviado pela sigla CTG, retrata a função sociocultural do novo modelo de entidade surgente no Estado. Sua estrutura hierárquica e organizacional ambicionava reproduzir, no ambiente urbano, a estância camperia pampeana – espaço fundante do regionalismo gaúcho.

Embora o major santa-mariense João Cezimbra Jacques tivesse organizado anteriormente, no final do século XIX, Grêmios Gaúchos com o intuito de estudar e valorizar a cultura rio-grandense, o MTG – ainda que reconheça a importância dessas iniciativas pioneiras – estabelece como marco fundante do tradicionalismo organizado a criação do 35 CTG, em 1948. O modelo então estabelecido de entidade foi, nos anos posteriores, reproduzido por todo o Estado.

Este fato viabilizou a criação do Movimento Tradicionalista Gaúcho, em 1966, como instituição federativa, normatizadora e reguladora das manifestações culturais a ela vinculadas. “O Tradicionalismo tem suas raízes com Cezimbra Jacques, mas cresce a partir dos anos 50, no pós Segunda Guerra Mundial, durante a Guerra Fria, quando há necessidade intensa de ativar culturas, identidades que expliquem aquele momento. Porém, vai ter seu boom nos anos de 1970, durante o Regime Civil Militar, pois os militares vão apostar nas identidades acionadas e vão, inclusive, criar o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, e dar apoio financeiro ao MTG” – explica o historiador Júlio Quevedo.

Para o historiador Tau Golin, em entrevista para o Instituto Humanitas (IHU) da Unisinos, no estabelecimento de um espaço institucional de culto à tradição gaúcha, “os elementos simbólicos populares, hábitos e costumes foram inseridos e reinventados, inspirando criações no universo de uma ampla estância imaginativa”. Na tentativa de legitimar uma identidade institucional, o MTG cria normas e regulamentos sobre as práticas e as vivências que, no âmbito da sua militância, buscam reviver esse passado campesino tradicional. Através do regramento e da tentativa de homogeneização da apropriação simbólica de um passado comum, o Movimento projeta a criação de um grupo coeso tanto no discurso quanto nas manifestações de culto à tradição para assim demarcar seu espaço social.

O gaúcho como produto de cartão-postal. Ilustração do redator Rafael Balbueno

Porém, a atuação do tradicionalismo gera tensões e debates de grupos de historiadores que o entendem como um equívoco na assimilação das significações histórico-culturais. “Consideramos que todo o processo de invenção e sustentação de uma visão ‘mitologizada’ objetiva, unicamente, atender interesses atuais; é uma forma de militância que recorre à fábula, a ressignificação de rituais, hábitos e costumes, como forma de ‘legitimação’de causas particulares como se fossem ‘tradições’ coletivas” –  expõe trecho do Manifesto Contra o Tradicionalismo.

Manoelito Savaris, historiador e liderança intelectual do MTG, contrapõe, no prefácio dolivro “Tradicionalismo… Responsabilidade Social – Reflexões”, os aspectos abordados pelos historiadores contrários ao Movimento: “não há outra forma de garantir ao tradicionalismo gaúcho organizado lugar de destaque no concerto social, fora do estudo e da prática de sua ideologia. Não se trata de sermos fundamentalistas e tampouco saudosistas, mas de termos clara qual a função social e qual corolário de ideias, de crenças e de valores que formam o alicerce do movimento”.

Savaris assevera ainda, com uma citação de Jarbas Lima – autor do livro –, que “se o MTG não tivesse adversários, deixaria de existir enquanto movimento, para se transformar numa instituição estabelecida, perdendo sua característica fundamental do movimento que é o de angariar adeptos”.

Vestido igualzito ao pai?

“Das roupas velhas do pai queria que a mãe fizesse / uma mala de garupa e uma bombacha e me desse / Queria boinas, alpargatas e um cachorro companheiro…”, cantava César Passarinho ao defender a composição “Guri”, de João Batista Machado e Júlio Machado da Silva Filho, vencedora da 13ª Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul, em 1983. Não sabia o piazito dos versos, porém, que 24 anos mais tarde, sua desejada indumentária poderia exibir peças em desacordo com as Diretrizes para a pilcha gaúcha determinadas pelo MTG.

A indumentária gaúcha é uma das formas de expressão da identidade regional dos sul-riograndenses. Peças históricas como o lenço vermelho e a bombacha permitem que um gaúcho seja identificado como tal. Como mecanismo social regulador da tradição expressa no núcleo da instituição tradicionalista, tem-se as Diretrizes de Indumentária que buscam normatizar estilisticamente a imagem do gaúcho militante, com a finalidade de que ele possa, de fato, ser reconhecido em qualquer espaço social em que circule assim trajado.

O representante do MTG, Manoelito Savaris, afirma: “o Tradicionalismo respeita todas as manifestações culturais, sejam elas da forma que forem e da origem que tiverem. Mas, se dá o direito de, nos Centros de Tradições Gaúchas, somente permitir e autorizar a expressão do núcleo cultural, que corresponde à cultura que se criou no Rio Grande do Sul”. A partir desses termos, a Instituição permite-se ditar determinações sobre o uso daquilo que reconhece como indumentária gaúcha legítima a ser usada pelos tradicionalistas.

O uso da boina, desejada pelo guri da canção, é vetado pelas normas tradicionalistas. Como cobertura para a cabeça, poderia trazer apenas um chapéu de feltro ou de pelo de lebres, com abas a partir de seis centímetros. Sua bombacha, ainda que feita pela mãe, deveria obedecer às recomendações sobre o uso de tecidos, cores, padrões, modelos, favos e largura – segundo orientações disponíveis no site ofi cial do MTG.

Nem mesmo poderia comprar uma guaiaca com feitio uruguaio, como ambicionava versos à frente, se esta trouxesse uma rastra com adornos de ouro ou prata na parte frontal. O lenço vermelho, as botas feitio do Alegrete e as esporas do Ibirocai também estariam sujeitas à fiscalização de uma comissão técnica atrelada à Vice-Presidência de Cultura e ao Conselho Diretor da Entidade.

A mãe do guri, também cantada nos versos, igualmente teria sua vestimenta regulamentada caso desejasse participar de eventos tradicionalistas. O vestido de prenda, traje feminino criado após a fundação do 35 CTG, assim como a vestimenta masculina, exige atenção na escolha dos tecidos, cores, modelos e cortes. Além disso, as mangas e o decote demandam cuidados: as mangas devem cobrir pelo menos o cotovelo da prenda, ao passo que o decote deve ser pequeno, de modo que não deixe à mostra seus ombros e seios.

Ilustração do chargista, e redator da revista o Viés, Rafael Balbueno.

Os enfeites, assim como as cores, devem ser sóbrios e recatados – pérolas, pedrarias e purpurinas não são permitidas. Sob o vestido, a mulher trajaria saia de armação, bombachinha, meias e sapatos. A imagem do gaúcho estilizada presente nos postais folclóricos, de que fala Galeano na epígrafe, é de um tipo tradicionalista trajado com bombachas discretas, camisas bem cortadas, paletó e colete em eventos formais, botas e guaiaca de couro, chapéu de feltro ou de pelo de lebre, lenço no pescoço, faixa na cintura, esporas, tirador e faca para as lidas campeiras e, nos dias de minuano intenso, pala de lã com abertura na gola.

Já o gaucho histórico, cantado por José Hernandez, em 1872, nos versos do poema “Martin Fierro” e resgatado por Eduardo Galeano na obra “As Veias Abertas da América Latina”, usa alpargatas, pois não pode pagar por botas de couro.

Ao peão comum, um cinturão sem adornos ou, na falta dele, um barbante amarrado ao corpo substitui o cinto largo adornado de ouro e prata. Os enfeites na indumentária são representativos da estratificação social que remete à hierarquia da estância.

Querência, tempo e ausência*

O gaucho de José Hernandez é um tipo típico do Pampa, que se desdobra em glórias e desencantos produzidos por sua condição social. Tantas vezes foi erroneamente julgado, tanto na recriminação de seus defeitos quanto na exacerbação das suas virtudes.

De tão complexa a história de sua formação cultural, ainda hoje os estudiosos que se debruçam sobre a questão não são capazes de sacramentar uma ou outra manifestação como a única fonte formadora da identidade gaúcha.

Nos idos do século XVII, Hernandez já apontara para o fato de que, devido aos inúmeros equívocos historiográficos, quanto mais avançam as conquistas da civilização e quanto mais se tenta cristalizar uma imagem de gaúcho tradicional, tanto mais as características do tipo original de nossos Pampas vão se perdendo progressivamente. Pouco a pouco, o retrato campeiro vai esmaecendo e a imagem do gaúcho de outrora permanece apenas nas lembranças empoeiradas de um fundo de galpão. E quando o minuano sopra forte, ainda há quem afirme ouvir, se espraiando pelo pampa, o canto vivo e triste de um gaucho que não mais existe.

Ficaram arreios suados e o silêncio de esporas / Um cerne com cor de aurora queimando em fogo de chão / Uma cuia e uma bomba recostada na cambona / E uma saudade redomona pelos cantos do galpão.

“Quando o Verso Vem Pras Casa”, Gujo Teixeira

*O entretítulo foi extraído da canção homônima

de Luiz Marenco.

 CONTRADIÇÃO GAÚCHA, pelo viés das colaboradoras Anelise Dias¹ e Janine Appel².

1. Anelise é estudante de Jornalismo e cozinheira de mão cheia. Assim como na cozinha, acredita que a produção textual é um misturar de ingredientes que, ainda que seja feito de forma zelosa, sempre é tomado por um tanto de experimentalismo e paixão. Por isso, se nega a seguir receitas pré-estabelecidas e está sempre em busca do novo.

2. Janine Appel é acadêmica de Jornalismo na UFSM. Militou ativamente no MTG entre os anos de 1999 até a atualidade. Foi 1ª Prenda do RS 2007/2008 e nunca mais foi a mesma pessoa. Num ímpeto, abandnou a faculdade de Psicologia naquele ano e resolveu que ia viver de/para o Jornalismo. Ainda milita no meio tradicionalista, não necessariamente (definitivamente) junto à situação ou à oposição. “Uma Prenda, no más”.

3 comentários em “CONTRADIÇÃO GAÚCHA

  1. É óbvio que a roupa descrita pelo MTG é o “traje de festa”. O tradicionalismo surgiu como una espécie de clube das pessoas que vinham do interior para estudar na capital e eram criticadas por seus hábitos (tomar chimarrão, vestimentas). Posterior a isso que Barbosa Lessa e Paixão Côrtes decidiram documentar as manifestações culturais espalhadas pelo interior do estado (danças, músicas, vestes, etc). Eu pessoalmente não me identifico com o que prega o MTG, mas vamos colocar informações corretas.

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